Tijuquera em Lisboa
Vinte e dois de Abril 2008, o tão esperado dia.
Finalmente um sonho concretizado, galera Tijuquera em Lisboa, e especialmente a presença do meu índio!
Recebidos e acolhidos com carinho, e como diz o ditado “Uma casa portuguesa com certeza”!
Em casa ficou o Neno, o Alexandre, o Poeta, o DaVila, e a Tatiana, conhecida também pelo moranguinho. O Marcinho, o Nilinho e o Zé ficaram no albergue.
Fiquei com pena de não ter convivido mais com o Marcinho, o Nilinho e o Louro José.
Além de moranguinho, outros baptismos surgiram:
Alexandre: Pestinha (pelo seu ar de safado)
Neno: Índio (dispensa comentários)
Nilinho: Bandido europeu (com quem as entidades oficiais implicou)
Tati: Moranguinho: (fala baixinho e é discreta ao ponto de não se dar por ela)
A risada para não variar foi grande, as histórias que contavam do Nilinho a quem pegaram sempre no pé e que acabou virando o bandido europeu, ou até mesmo o motorista do autocarro que segundo o DaVila era o Diabo e que ao que parece não era muito simpático e ainda por cima implicava com instrumentos.
Chegou a hora do jantar e os meninos contentes comeram uma refeição a sério, depois de uma semana mais ou menos na base do lanche, o verdadeiro manjar dos deuses.
Café e a parte da prova de licores, o Poeta em grande, que por sinal estava bem soltinho provou todos, tendo claro, um como preferência.
Toda a gente na conversa, uns na sala, outros na varanda, e o deboche, claro que foi o habitual!
O Alexandre dizia que desta vez eu ia sambar e ao mesmo tempo perguntava ao Neno:
“Qual é aquela música que ela gosta”?
E assim começou a cantar e a sambar uma das minhas músicas preferidas, a Falsa Baiana da Gal Costa, depois ao meu lado comentava que não gostava de se encostar no parapeito da varanda, ainda mais que duas coisas ruins juntas não ia dar certo.
O Nilo que estava sentado em frente ao computador de casaco vestido e de gorro na cabeça, obviamente foi motivo para o pessoal começar a meter-se com ele a dizer que o patrão o estava a chamar para trabalhar no Porto de Lisboa.
Chegou a hora de dormir e a vontade de cair no colchão era grande, organizou-se então o verdadeiro festival de colchões espalhados pela sala.
Começaram então os cruzamentos nos corredores e a espera para conseguir entrar na casa de banho, enquanto isso o Poeta passeava-se pela casa e assim ia descobrindo na estante do corredor livros que lhe despertavam algum interesse.
Depois de 24 horas de viagem de autocarro, o Márcio dizia que desde que não sonhasse com o motorista estava bom, segundo as histórias contadas por ele, parece que o senhor não era muito simpático e ainda implicava com instrumentos.
A casa estava cheia, e ao fim de dois dias os meninos já se sentiam verdadeiramente à vontade, já conheciam os cantos à casa e já iam sozinhos ao frigorífico, e bem comportados até lavavam a loiça do pequeno-almoço.
Fizeram algumas descobertas interessantes, entre elas, o pãozinho de mistura, a deliciosa salada de queijo de cabra e azeitonas em óleo vegetal, da qual o Alexandre ficou fã, e a bela da Super Bock!
Chegou o dia do concerto e a expectativa era grande, eu então estava mais ansiosa que… tenho a sensação de ter esperado décadas nas escadas à porta do Onda Jazz, a hora chegou e eu como costume sentei-me bem na frente.
TJ ao vivo e a cores, mas sentados? Quando resolvo levantar-me para abanar um bocadinho, o concerto acabou, ninguém merece!
Tocaram meia hora e foi um gosto, burocracias da cidade de Lisboa, importante não esquecer determinados feitios de invasão de território, mas ainda assim segundo eles dizem, foi massa!
Isto de ter músicos em casa é muito agradável, estava no meu quarto a conversar com o Neno, eis senão quando chegou o DaVila com o violão na mão, quando comentei que o concerto tinha começado em grande com a Vista do Canal… eis senão quando surgem os primeiros acordes, uma das músicas mais bonitas, depois entrou o Poeta e a sessão musical continuou.
Lá andaram nos seus passeios, diria até aventuras e desventuras, começaram bem, um passeio até Belém acompanhado de mais de cinco quilómetros a pé!
O dia seguinte nasceu quente e a galera ficou em casa numa função… Tarefas divididas e todo o mundo em acção!
Verdade seja dita que o Alexandre basicamente ficou de serviço à loiça, diariamente vinha ter comigo e dizia: “Deixa que eu lavo nega”.
Chegou o final do dia e fomos até à Fnac, o Poeta foi ver de um material informático, um passeio a pé para arejar as ideias, por outros motivos confesso que bem precisava!
O quarto da Emília
Chegando a casa, uns para o lado, outros… Vão entrando um de cada vez no meu quarto até que se junta a galera toda.
Fartámo-nos de rir, o Alexandre para não variar estava imparável, entrava e saía e cada vez que abria a boca… segundo o Neno e o DaVila ele não consegue ficar quieto, e assim continuou até à última, sempre com o seu bom humor presente.
  Sábado ao final do dia o Poeta decidiu partir à aventura para o Estádio da Luz para assistir ao jogo de futebol, Benfica x Belenenses.
Sábado ao final do dia o Poeta decidiu partir à aventura para o Estádio da Luz para assistir ao jogo de futebol, Benfica x Belenenses.
 Mais tarde, o pessoal reunido na sala, música brasileira de fundo, até que surgiram os instrumentos a pedido da mãe, deu direito a tudo, Márcio no violão, Alexandre no pandeiro, e a revelação da noite, Poeta na voz e violão, sarava Rodrigo Poeta, uma verdadeira caixiinha de surpresas!
Mais tarde, o pessoal reunido na sala, música brasileira de fundo, até que surgiram os instrumentos a pedido da mãe, deu direito a tudo, Márcio no violão, Alexandre no pandeiro, e a revelação da noite, Poeta na voz e violão, sarava Rodrigo Poeta, uma verdadeira caixiinha de surpresas! 
Ah, e o Marcinho que me dizia: “Bota todo o teu swing do
carnaval ô Tita! Carnaval Tita, todo o teu swing.”
E logo eu?!
Não me posso esquecer do Faruk, o gato mais esfregado, não há quem não se renda às evidências.
E como há horas felizes, juntou-se um montão de gente na cozinha para a ceia!
Havia dez hambúrgueres para fritar, foi uma festa naquela cozinha, eu, o índio e o Márcio fomos os primeiros a chegar, perguntei a toda a gente se alguém queria, e a resposta inicial era negativa, assim que sentiram o cheiro… todos reunidos!
Temperar de um lado, fritar do outro, descongela pão no micro-ondas, a verdadeira agitação!
Domingo, fomos a Sintra!
 O encontro com o resto do pessoal estava marcado na estação do Rossio às 14h30, enquanto esperávamos partimos em busca de um gelado, e aqui nos juntámos.
O encontro com o resto do pessoal estava marcado na estação do Rossio às 14h30, enquanto esperávamos partimos em busca de um gelado, e aqui nos juntámos.
Chegámos a Sintra e iniciámos a caminhada, estrada, estrada… e sempre a subir, claro!
O Zé comentava que depois de uma curva existe sempre uma esperança, depois de dois quilómetros finalmente chegámos ao Castelo dos Mouros que para nosso desalento estava fechado. Na entrada estava um senhor que perguntava se tínhamos bilhetes e a seguir dizia: “ Se tivessem bilhetes deixava-vos entrar, mas está fechado”. O Marcinho ainda tentou um acordo, mas estava fechado e ponto final.
Os desanimados
E como o sentido de humor é apurado…  
  
  
 
Por ali ficámos um pouco enquanto o Nilinho e o Alexandre se dedicavam ao conhecimento do terreno e voltámos à base, mais uma caminhada. Só aí é que consegui ter a noção do que tinha subido, e não havia meio da estrada acabar.
E como os momentos hilariantes fazem parte, o Alexandre começou a apanhar uns pauzinhos do chão e a cruzá-los conforme os apanhava, dizia que era a chama olímpica, juntou-lhe um pouco de caruma e antes de acender pediu ao Poeta que registasse o momento.
 Queria chegar  rapidamente ao centro para comer um negocinho gostoso, parámos no sítio certo, na Piriquita, uma casa especializada em doces tradicionais, mais propriamente em travesseiros.
Queria chegar  rapidamente ao centro para comer um negocinho gostoso, parámos no sítio certo, na Piriquita, uma casa especializada em doces tradicionais, mais propriamente em travesseiros. 
Sentámo-nos cá fora e deliciámo-nos com o tal do “negocinho gostoso”, e dirigimo-nos à estação para regressar para Lisboa.
No dia seguinte cheguei a casa e tinha uma surpresa!
Entrei no meu quarto e na parede estava um bilhete assinado pelo Poeta e junto umas fotos do dia em que fomos a Sintra.
Não me perguntem como não as vi logo, eu só vi o bilhete e fui directa ao Poeta, e o Márcio perguntou se podia ir ao meu quarto, entrou, acendeu a luz e aí sim!
Programa para a noite, um convite da Cris para jantar no albergue, a manja era uma tal de carne atolada, uma receita de Minas Gerais.
Foi também a despedida do Marcinho e do Zé que viajavam no dia seguinte junto do Márcio, do Poeta e da Tati, e ainda ganhei do Marcinho umas meias vermelhas e pretas aos quadrados, em homenagem à Emília, obrigada!
E de repente a casa ficou tão vazia…
Mas para salvar a situação ficou o Neno, o Nilinho e o Alexandre, um belo trio, confesso!
Resolveram oferecer um mimo às meninas, e assim ganhei o meu primeiro Bonsai.
Aproveitando que falamos de fotografias, realço um momento único que confesso ter pena de não ter sido fotografado.
Não há margens para dúvidas de que os disparates maiores são da autoria do Alexandre...
 Começou por pôr os meus  óculos escuros, o meu relógio vermelho, um colar azul, um casaco laranja, umas pantufas e finalmente a mala ao ombro, dirigiu-se à porta do quarto para nos mostrar o meu estado de espírito quando chego a casa depois de um dia de trabalho.
Começou por pôr os meus  óculos escuros, o meu relógio vermelho, um colar azul, um casaco laranja, umas pantufas e finalmente a mala ao ombro, dirigiu-se à porta do quarto para nos mostrar o meu estado de espírito quando chego a casa depois de um dia de trabalho.
Palavras para quê?! Quem não conhece o DaMaria?
Sábado à hora do almoço o animal foi comigo deixar os meninos na Estação do Oriente, aquele momento que nunca foi fácil de digerir!
Foram bons os olhares, os sorrisos e afins, ver como ficam lindos a dormir, e como acordam já com um sorriso mimoso…
Que saudades!
Valeu galera!
Para que ninguém duvide, aqui está ao vivo e a cores!
   
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