sábado, 3 de abril de 2010

Ayrton Senna




Nasceu a 21 de Março de 1960 e teria completado este ano de 2010, 50 anos.

Ayrton iniciou a sua carreira na F1 em 1984 ingressando na equipe Toleman e logo chamou a atenção pela sua atitude, pela sua condução arrojada sem medo de arriscar e sempre no limite.

E quando chovia, enquanto os outros brincavam às bailarinas deslizavam na pista, Senna era o eterno herói em pista molhada.

Aquele que tornava os domingos “mágicos” com grandes emoções.

Valeu!

Que nem disse Juan Manuel Fangio, nunca houve e nunca vai haver um piloto como Ayrton Senna, o melhor piloto de sempre!

Primeiro de Maio de 1994, ninguém podia antever que se tornaria o GP mais negro da história da F1 em 44 anos.

Na terceira corrida da temporada de 1994, o GP de San Marino, em Imola, Senna declarou que esta deveria ser a corrida de início da temporada para ele, pois não havia terminado as anteriores e agora faltavam apenas catorze corridas.

Senna mais uma vez conquistou a pole, mas o fim de semana não seria tão fácil.

Ele estava particularmente preocupado com o grave acidente de Rubens Barrichelo que perdeu o controle do seu monolugar e voou da pista chocando violentamente contra uma barreira de pneus.

Barrichello saiu desse acidente com pequenas escoriações e o nariz partido, ferimento suficiente para impedi-lo de correr no domingo.

Sábado, durante os treinos livres, o austríaco Roland Ratzenberger, bateu violentamente na curva Villeneuve num acidente que começou a se formar na fatídica curva Tamburello, quando a asa dianteira de seu carro se soltou fazendo-o perder o controle do veículo. Levado ao Hospital Maggiore de Bolonha, ele faleceu minutos depois.

Essa foi a primeira morte de um piloto na pista em dez anos desde que a FIA adotara sérias medidas de segurança e a primeira que Senna presenciou na Fórmula 1.

Um acidente nas primeiras voltas fez com que o Safety car entrasse em acção por cinco voltas e na sétima volta a corrida foi reiniciada, Senna rapidamente fez a terceira melhor volta da corrida, seguido por Schumacher.

Senna iniciara o que seria a sua última volta; ele entrou na curva Tamburello e perdeu o controle do carro, seguindo em frente e chocando-se violentamente contra o muro de concreto.

A telemetria mostrou que Senna, ao notar o descontrole do carro, ainda conseguiu, nessa fracção de segundo, reduzir a velocidade de cerca de 300 km/h para cerca de 200 km/h.

Os oficiais de pista chegaram à pista e ao perceber a gravidade, só puderam esperar a equipe médica.

Ali recebeu os primeiros socorros antes de ser levado de helicóptero para o Hospital Maggiore de Bolonha onde, poucas horas depois, foi declarado morto.

Ayrton Senna levava com ele uma bandeira austríaca que, em caso de uma possível vitória, a empunharia em homenagem ao austríaco Roland Ratzenberger, morto um dia antes.

Mas os acidentes não ficariam por ali, além do acidente de Barrichello e das mortes de Senna e Ratzenberger, o acidente entre J.J. Lehto e Pedro Lamy fez arremessar dois pneus para a arquibancada, ferindo vários torcedores.

O italiano Michele Alboreto da Minardi, perdeu um pneu na entrada dos boxes que acabou por chocar contra os mecânicos da Ferrari, ferindo também um mecânico da Lotus.

Não bastando isso, durante alguns minutos as comunicações no circuito entraram em colapso permitindo que o piloto Erik Comas, da equipe Larousse, deixasse o pit-stop e retornasse à corrida quando ela já havia sido interrompida.

O piloto só entendeu o que estava a acontecer quando os fiscais de pista mais próximos ao acidente abanavam nervosamente suas bandeiras vermelhas indicando-lhe a situação, pois ele poderia ter chocado com o helicóptero que se encontrava pousado no asfalto da pista aguardando para levar Senna ao hospital.

A imagem de Ayrton apoiado na sua Williams, com o olhar distante e perdido, pouco antes do início do GP, ficaria marcada para sempre.

Algumas horas depois da sua morte surge a notícia:

"Morreu Ayrton Senna da Silva... uma notícia que a gente nunca gostaria de dar."

A lei italiana, uma morte dentro do circuito exigiria o cancelamento da corrida e toda a área deveria ser mantida intacta para a investigação.

Dessa forma, eles teriam evitado a morte de Ayrton.

O recorde das 65 pole positions permaneceu por 12 anos depois da sua morte, até que Michael Schumacher passou essa marca ao conquistar a pole ironicamente no GP de San Marino de 2006.

Uma importante marca de Senna, que ainda não foi superada, é o número de vitórias no circuito do Mónaco, onde venceu por seis vezes, sendo cinco consecutivas: de 1989 a 1993.

Mudanças feitas no autódromo Enzo e Dino Ferrari depois dos acidentes de 1994.

clip_image002

A Curva Tamburello em 1994

clip_image004

 

“O impossível não existe quando se acredita verdadeiramente nos sonhos.”

O dele era terminar a sua carreira na Ferrari!

Sem comentários: