Samba em casa dos meninos
19 Março 2010
Depois de um lanche em casa da Grazie, passámos em casa dos meninos para ver qual era a parada.
Ao chegar ao portão logo encontrámos o Alysson que tinha ido comprar pão para o café.
Fomos logo servidas de café que não falta em casa de brasileiro e bolinho de fubá feito pelo Alysson, dizia que não tinha ficado bom porque estava mal cozido e com pouca altura, para mim uma delícia.
Estava junto o Reizinho e um amigo do Alysson, o Marco e a conversa girava em torno de notas musicais.
O Reizinho saiu entretanto para o Neco e os meninos entraram numa nova função, tentar resolver o problema de rede da menina e o Alysson resolveu começar a usar algumas das expressões que ouviu no tempo em que viveu em Guimarães, assim como:
- Estás a ver a cena?
- Altamente!
O Alysson resolveu juntar uma galera em casa e saíram para comprar cerveja, nisto pôs música a tocar num volume altíssimo.
Eu pedi ao Marco o favor de baixar um pouco, altura em que o Alysson olha para mim a sorrir e diz, se-faz-favor.
As meninas foram para casa jantar e quando voltámos entrámos na sala para dar um alô, pedi ao Plutão dois copos e fomos contempladas com duas belas canecas.
Até que os meninos apareceram na cozinha dizendo: “Chegaram meninas, faz tempo que estão aí?”
Acabaram por nos dar um beijo como se ainda não nos tivessem visto, o que me parece sempre bem.
Entretanto o Plutão chegou a casa tão cansado que pensou em tomar uma água e dormir.
Até que abriu a geladeira e deparou com um montão de garrafas de cerveja, considerando que só o Alysson e o Marco estavam em casa perguntou; “Estão esperando alguém?”
O Alysson e o Marco no violão, só faltava mesmo uma caixinha de fósforos. Cada música tocada era uma surpresa, cada sambinha gostoso, que nem o Alysson tinha comentado andava numa fase que era só samba, bem vindo!
Começámos a beber e já não parámos, de tal forma que perdemos a noção da hora.
Foram muitas as gargalhadas pela noite dentro
Resolvi perguntar à Grazie de onde era o Plutão porque tinha um sotaque muito parecido com o do Alysson que é do Paraná, ela disse que ele era de Chapecó, uma cidade localizada no Oeste do estado de Santa Catarina.
O Plutão emenda dizendo que é baiano para grande surpresa do Alysson e ainda descobrimos que a irmã era natalense.
Não me lembro a que propósito mas o Alysson entrou numa discussão com o Plutão e decidiu ir buscar a bíblia para comprovar a sua teoria.
Sozinho na entrada na cozinha e com a luz a bater na cabeça mais parecia um padre que pregava o seu sermão, altura em que o Plutão disse que não discutia com pessoas de bíblia na mão.
No meio da discussão
A carinha dele tentando provar a sua teoria
Tocando Raul Seixas - Eu também vou reclamar
Um dos melhores momentos da noite foi quando o Alysson contou a sua experiência com o quero-quero na trilha da Lagoinha do Leste, hilariante.
Mais rimos quando lhe perguntaram quem estava com ele, ao qual responde que estava sozinho.
Quero-quero
O quero-quero é um pássaro que guarda seu território, onde quer que seja encontrado.
Outra discussão da noite, a Grazie perguntou se ainda tinham o pé de manjericão e foi ao seu encontro. A conversa girava em torno se era realmente manjericão ou hortelã, a mim cheirava-me a hortelã, porém...
Depois resolvi pesquisar e pelo aspecto concordo, é manjericão!
A Grazie passou no mínimo três horas a dizer que tinha de ir embora, eram 05h45 quando se despediu e disparou para casa, dizia que já não assimilava nada.
O dia estava a nascer e nisto o Plutão retirou-se e o Marco foi-se embora. Eu ainda abri uma garrafa e bebi com o Alysson, acabou sobrando um pouquinho que ficou para o santo.
Eu comentava que nunca mais ia lá a casa depois de tanto ter bebido e o Alysson exclamava: “Não, o que é isso Tita?”
Ele que já estava caídaço no sofá, fiz-lhe uma festa no braço e disse-lhe para ir para a cama senão ia ficar ali todo torto, ao qual ele responde: “Relaxa Tita, tô aqui curtindo um som, o último vinil da farra, Nara Leão.
Moral da história, a grande guerreira da noite, saí de casa dos meninos eram 07h20.
Fui para casa meio torta e nem sei como consegui subir o morro.
Já em casa, um desespero para encontrar o café, o filtro e o açúcar, abri gavetas e armários repetidamente e não encontrava nada. Depois de cumprida a missão fui para a varanda e liguei o computador para começar a registar a noite ou pelo menos tentar, visto que não acertava nas teclas e escrevia tudo errado.
A Grazie acordou e quando me viu sentada na varanda de óculos escuros desmanchou-se a rir, a conclusão a que chegou foi que eu mais parecia um pudim, eu hein!
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